Quando há alguns anos assumi a liderança da equipe de produção de conteúdo estava animada, ansiosa, porém despreparada, e este artigo é justamente para você que acaba de assumir esta posição, está “sofrendo” com os primeiros passos, ou anseia ser um líder.
Anualmente eu ganhava premiações de melhor produtora, concentrava um grande número de projetos, era criativa, animada, e o CEO da companhia sabia que na adversidade eu sempre estaria firme, por este motivo aceitou meu pleito para assumir a missão.
Ao receber a confirmação sobre a nova posição ele citou a seguinte frase: "A liderança é uma posição solitária", eu embebida em alegria, apesar de balançar a cabeça consentindo, não fazia a mínima ideia do que aquilo realmente queria dizer.
Ao assumir, o desafio era estruturar os processos oficiais e garantir uma melhoria significativa na qualidade dos produtos, tarefa que a principio me pareceu fácil. A primeira pergunta que fiz a mim mesma foi, o que faz um líder, e o que terei que aprender para executar a função com maestria?
De cara identifiquei 2 gargalos ao me auto avaliar: olhar pouco numérico e dificuldade em fazer cobranças, busquei auxilio em materiais, leituras, líderes que admiro e naquele mesmo final de semana com minha caderneta passei o domingo todo rascunhando métricas, processos e melhorias que implementaria.
Era meu primeiro ano na posição, e claramente subestimei as tarefas de um gestor, pois optei por fazer uma transição soft, não abandonando minhas atribuições anteriores e simultaneamente assumir o papel de líder, como devem imaginar a história não foi nada romântica.
Me deparei com a necessidade de manter a qualidade do meu trabalho e simultaneamente fazer contratações, lidar com turnover, transmitir conhecimento, acompanhar rotinas, estabelecer deadlines, métricas, desenhar novos processos, criar soluções, lidar com perfis e expectativas distintas, distribuir projetos de forma adequada potencializando a capacidade de cada um, inspirar quando a vontade é de chorar, não desistir pois a responsabilidade de prosseguir é sua, ser diplomata equilibrando interesses da equipe versus objetivos da companhia, isso sem falar no maior desafio, que para mim foi cobrar os executivos que até ontem eram pares.
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Entre erros e acertos fato é que conquistamos grandes feitos ao longo desta intensa aventura, saímos de um portfólio de 56 projetos em 2017, para um de 71 em 2018, elevamos os níveis de discussão culminando indiretamente em um aumento de faturamento de 40% em 2018. Desbravamos o País em roadshows, rompemos barreiras ao fazer iniciativas no México, Chile e Colômbia.
Conquistamos parcerias de sucesso com a B3 (Bolsa de Valores), Harvard Business Review Brasil, VIVO, AlgarTECH. Envolvemos mais de 1000 convidados para dividir conhecimento. Como mestres de cerimônia melhoramos a presença em palco obtendo notas superiores a 4 em uma escala de 1 a 5 sendo 5 a maior nota, dentre outras inúmeras conquistas que com sorriso no rosto passaria o dia escrevendo.
Obviamente com o número elevado de conquistas, as expectativas e cobranças aumentam e nem sempre na mesma proporção que os reconhecimentos, por este motivo por vezes me pego pensando, o que mais posso melhorar como profissional e como equipe? De que formas posso fazer estas melhorias? Como inspirar as pessoas a serem suas melhores versões? O que de fato seria considerado inovação? Como nosso trabalho pode trazer mais resultados financeiros e de imagem?
E em meio a esta auto cobrança mental, repleta de reflexões sobre minha jornada como colaboradora e como líder, me dei conta de que ser líder é mais do que mostrar resultados, obviamente eles são a “manchete do jornal”, ou seja, o que todos enxergam, mas ser líder é uma construção diária, que nem sempre está clara para todos.
EUREKA! finalmente entendi a famosa frase “A LIDERANÇA É UMA POSIÇÃO SOLITÁRIA”. Com ela vem inúmeras responsabilidades, desafios, preocupações, e sonhos que são sim conquistados em equipe, mas a batalha entre você, seus medos e decisões é diária e silenciosa.
A questão é, será que tem que ser exatamente assim? A liderança deve mesmo ser uma posição TÃO solitária? E se a disseminação de conhecimento minimizasse erros e permitisse ganho de velocidade e conquistas?
Foi pensando nisso que decidi escrever textos e deixar dicas, que talvez sejam obvias para alguns, porém não tão obvias para outros, hoje a dica é "SE CONHEÇA", isso mesmo:
Autoconhecimento
O autoconhecimento é um processo que tem como objetivo identificar padrões de pensamento e hábitos pessoais e, a partir disso, permitir que o indivíduo consiga melhorar suas respostas comportamentais e tomadas de decisão. Tendo ciência de seus hábitos e pensamentos, é possível identificá-los como bons ou ruins e trabalhar para que eles sejam mais ou menos frequentes e poderosos.
Vou dar alguns exemplos de exercícios para começar esse processe de autoconhecimento:
· Os três “porquês” do autoconhecimento
Antes de agir em uma decisão, pergunte a si mesmo “Por que?”. Acompanhe sua resposta com outro “Por que?” e depois um terceiro. Se você puder encontrar três boas razões para continuar nessa decisão, você terá mais clareza em sua mente, confiança e conseguirá agir de forma mais racional, evitando más ações normalmente tomadas por impulso.
· Ruptura das reações viscerais
Uma pessoa sem autoconhecimento corre no piloto automático e responde com reações intempestivas. Um bom índice de autoconhecimento permite que você avalie as situações de forma objetiva e racional, sem agir sobre preconceitos e estereótipos. Portanto, respire fundo antes de agir, especialmente quando uma situação desencadeia raiva ou frustração. Isso lhe dará tempo para reavaliar sua resposta e definir se ela será mesmo a melhor
· Seja responsável perante suas falhas
Ninguém é perfeito. Estar ciente de suas falhas, mas não aceitar a responsabilidade por elas, acaba deixando o trabalho feito pela metade. Muitas vezes criticamos os outros e ignoramos as nossas próprias falhas. O autoconhecimento ajuda a aumentar nossa percepção sobre nós mesmos, criando um espelho interior, e isso previne que tenhamos comportamentos hipócritas.
· Solicite feedback construtivo regularmente
Todos nós temos pontos cegos em nossos padrões de pensamento e comportamento. Pedir comentários de feedback construtivos regulares pode ser útil para que sua força de autoconhecimento seja desenvolvida também com base em visões externas e diferentes.
Busque como mentores aquelas pessoas que você respeita, mas que não sejam complacentes com vocês. Essas pessoas dirão o que você precisa ouvir, não o que você quer ouvir.
Recomendo este artigo para ter acesso ao material completo sobre autoconhecimento, que será o primeiro, porém constante item em sua jornada como líder.
Em breve compartilharei outras dicas cruciais para quem está prestes a assumir este desafio, ou revisitando seu papel como líder.
Até lá, que tal complementar o texto deixando dicas que acreditam ser cruciais para ser um bom líder?
Quer saber mais sobre o mundo dos líderes?
Gravei um vídeo sobre como ser inspiração na vida das pessoas "LUZ", interessou? corre conferir no link abaixo:
Beijo queijo!
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