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Como surgiu o Business on the Road?

Foto do escritor: Camila SantosCamila Santos

Atualizado: 22 de jan. de 2021

Senta que lá vem textão...

Camila Santos Curitibana nascida em bairro periférico reside em São Paulo a 14 anos, teve a vida marcada por diversas migrações, eventos e viagens, morou em Barcelona, conheceu boa parte da América Latina, Estados Unidos e diversos estados brasileiros, trabalha há mais de 10 anos com eventos corporativos para C-level produzindo conteúdo e atuando diretamente com a experiência do cliente. O fluxo intenso de jornadas a fez refletir e questionar “POR QUE AS COISAS SÃO COMO SÃO EM CADA LUGAR?”.

A convivência entre os dois mundos, o dos “recursos imprescindíveis porém de baixa influencia e menos abastados financeiramente”, e o dos Diretores e CEOs “composto por lideres de alto poder de decisão que buscam equilibrar proposito, inovação e custo benefício para suas companhias” a levou a refletir sobre a frase de Arthur Schopenhauer que diz: “O segredo não é ver o que ninguém viu, mas enxergar de forma diferente o que todos veem”. Tal reflexão despertou a necessidade de inspirar um pensamento de Co construção de elos e ecossistemas de evolução para o país. Calma, nós explicamos melhor essa história!

Ao entrar em um transporte publico ou privado em SP é comum ouvir sotaques variados, afinal de acordo com o IPEA 45% da população adulta é originária de outros estados ou países. Por vezes Camila questionou os interlocutores sobre as razões de tal migração e com frequência se deparou com expressões dolorosas e longas explicações sobre os malefícios do distanciamento familiar, frustração financeira e a dura realidade do não atingimento dos “sonhos almejados”. Intimamente se questionava, por que este cidadão não volta para sua terra natal? E quando com coragem fazia a tal pergunta, a resposta era recorrentemente a mesma: FALTA DE OPORTUNIDADES.

Sem ter muito o que fazer continuou acumulando boas histórias, torcendo para que o ato da escuta e empatia tornasse ao menos aquele curto período até seu destino ser para o interlocutor mais agradável e confortante.



Certo dia em um dos eventos ouviu o relato de um CFO de uma importante companhia de moda sobre uma iniciativa fantástica que havia feito seus resultados melhorarem significativamente, tal feito estava ligado justamente ao processo de migração. Para surpresa de todos que ouviram a narrativa tratava-se não da migração de profissionais, mas sim da empresa, ou seja, ele havia optado transferir parte de sua operação para uma região interiorana com menos oportunidades, e a chegada da companhia na região deixou os recursos humanos locais infinitamente motivados e contentes afinal, teriam condições de ganhar dinheiro, contribuir para a economia regional e estar próximos de seus entes queridos, a companhia por sua vez obteve menores custos, acesso a melhores incentivos fiscais e mão de obra mais engajada, isso sem contar o fabuloso papel social que não só enalteceu a marca mas preencheu o senso de propósito de todos independente do estado ou escritório.

Aquele relato a deixou tão contente, que decidiram então replicar o feito na companhia em que atuava (ebdi), optaram por investir em Sumé no interior da Paraíba pois o CEO nascera lá e esta ação seria um ato de gratidão para com a sua terra natal ajudando com oportunidades onde elas são mais escassas. A implementação do escritório foi um sucesso e existe até hoje, o mesmo é composto por equipes de cobrança, convites para eventos e recursos comerciais. Obviamente houveram percalços como adequação entre culturas estaduais, ritmo de trabalho, intensos treinamentos, que aprenderam a duras penas na prática, porém fato é que a diferença de engajamento, valorização de oportunidade e custo benefício entre as praças foi notório.


Após muita reflexão sobre os relatos acumulados, a experiência vivida com a implementação do escritório em Sumé, entrevistas com C-level e acesso aos dados do IPEA sob re migração, não restava duvidas, era preciso questionar, por que as oportunidades não são melhor distribuídas? Por que não estimulamos mais o desenvolvimento regional e criamos um Brasil mais homogêneo? Por que não começar um movimento de estimulo a ecossistemas de desenvolvimento regional?

Surgiu então o Business on Road.


O que é afinal o Business on Road?

A primeira pergunta é: O Brasil tem jeito?


Nós acreditamos que sim e temos um plano: Captar dados e transforma-los em educAÇÃO!


Em 2021 Camila Santos idealizadora da iniciativa embarca em uma jornada de motor home pelos mais de 8mil km brasileiros com intuito de ouvir pessoas de todas as raças, credos, cores, idades, gêneros tentando responder: "Por que as coisas são como são em cada região?".


Junto a um grupo de voluntários intelectuais serão levantadas informações que permitirão diagnosticar o que pode ser melhorado, como pode ser melhorado e quem pode melhorar. Os levantamentos serão transformado em planos de educAÇÃO personalizados por região acompanhados de perto pela equipe do Business on Road.


Acreditamos porém que não basta melhorar a educação de cada região, é preciso demonstrar e atrair investimentos, portanto ao fim da jornada mostraremos um Brasil de oportunidades detalhando cada rincão do país para CEOs, CFOs, CHROs, Board members e investidores. O objetivo é provocar nestes a reflexão sobre impactos positivos para os cidadãos e custo benefício para as companhias decorrente da geração de empregos em todo o território nacional e não só nos grandes centros.


O Business on Road é mais do que uma pesquisa que visa mostrar um Brasil otimista, é uma onda que precisa ser propagada por cada cidadão, um sonho idealista de conseguir despertar o protagonismo que há em cada brasileiro e garantir que cada um tenha condições de ser de fato mais dono de sua própria jornada.


Acreditamos que juntos, cada um cumprindo seu papel como "atores da vida real", podemos sim ser uma nação mais desenvolvida.

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by Camila Santos

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